Infância

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Educação e Bom Senso


Em plena terça-feira de carnaval uma discussão entusiasmada. Cinco adolescentes decidiam(?) – aos berros - o destino das emparedadas Anamara, Elenita e Eliane.

Apenas uma jovenzinha macérrima e de nariz levantado defendia a brasiliense, Doutora em Linguística inconformada com seu IMC(Índice de Massa Corporal), Elenita Gonçalves Rodrigues. Ela tem personalidade, argumentava a voz sibilante – irritante. E concluía sempre com o seguinte clichê: A Lena é autêntica porque diz o que pensa.

Não contive o questionamento. Reproduzo-o. Desde quando lançar pela boca arrogância e agressividade tornou-se propaganda em rede nacional de caráter exemplar? Apontar defeitos, menosprezar e ridicularizar não faz parte do repertório das pessoas de bom coração. Não podemos continuar confundindo o famoso “digo o que penso a qualquer hora” com a mais estapafúrdia falta de educação.

Após a eliminação, Elenita preocupou-se em afirmar que o estigma de ex-bbb atrapalharia sua carreira docente. Qual nada! Em um país tão carente de doutores, nenhuma faculdade ou universidade fechará as portas para um intelligent brother, big brother que seja. Há uma ferida mais profunda rasgando-lhe a carne. Marcas espalhadas pelo corpo difíceis de ocultar. Tatuagens estampando em letras vermelhas garrafais intolerância e incompreensão.

Tomara que a jovenzinha macérrima de voz sibilante tenha aprendido importante lição: o egocentrismo e a arrogância talvez sejam fantasias carnavalescas de uma gente frustrada e infeliz.