Infância

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domingo, 19 de abril de 2015

DOR QUE DESATINA SEM DOER



Naquela noite a poesia não veio. Camões sentou-se na calçada fria do cemitério em chamas. Observou, através do portão enferrujado, os defuntos correndo entre as covas, brincando de vida. Angustiado, afinal perdera o bem mais precioso em um sonho maluco, prometeu a si mesmo não mais se apaixonar. Amaldiçoou o coração e desejou jamais ter conhecido a língua portuguesa.