Infância

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quinta-feira, 13 de março de 2008

Poema escrito em um momento de delírio



De repente já não há o Tempo

O Tempo enquanto idéia do tempo que passamos juntos

Das horas-minutos-segundos entrelaçados

(um no perfume do outro)

Feito corpos imunes à decomposição

Tal qual gente que nunca morre

E vive a metáfora da satisfação.


De repente já não há o Espaço

O Espaço enquanto idéia do espaço que nos separa

Dos quilômetros-metros-centímetros de saudade

(um na ausência do outro)

Feito almas vagando no Inferno

Tal qual gente que sonha com o Céu

E vive a hipérbole do amor eterno.


De repente já não há o Ser

O Ser enquanto idéia do ser que quiséramos sentir

Das personalidades-singularidades-vazias existenciais

(Crer ou não crer?)

Feito Mentira que sufoca a Verdade

Tal qual Chapeuzinho que foge do Lobo

E vive a antítese da bestialidade.


3 comentários:

Rosanne Medeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anaísa Stipp disse...

AJosé... um texto bem reflexivo. Faz sentido ir e vir...Parabéns! bjsss

Paula Pires disse...

Olá, "doutor" acho que já aprendeu a viver de dores, mas não direi "paciente", pois quem vive de dores e as transforma em um bem futuramente se chocará por não tê-las novamente...

Adoro seus textos

Abraços