Infância

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Piauí é o Mundo


Há um mês, Mahmoud Ahmadinejad, sexto presidente do Irã, em plena campanha eleitoral, voltou a afirmar que o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, não passa de um mito.

Para Ahmadinejad, numa tentativa de denegrir a imagem de Israel, o holocausto é uma farsa com o objetivo de manipular a opinião e a postura de aliados ocidentais. Há quem creia e reproduza tais opiniões pelo mundo afora. É importante lembrar que o mesmo Ahmadinejad já pregou um dia que “Israel deveria ser varrido do mapa do oriente médio”.

Ora, se o ditador psicopata iraniano, contestado agressivamente pela comunidade internacional ainda arrebanha milhares de seguidores, por que não admitir que Marco Aurélio, chefe de segurança da Emgerpi, é uma vítima? Segundo o advogado Eduardo Sindô, como a espionagem não é crime tipificado, seu cliente fora preso – arbitrariamente! – pela Polícia Federal.

Também não me surpreenderia a presença de centenas de manifestantes, diante da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal, exigindo a libertação de Marco Aurélio. Afinal é um pai de família. E que polícia é essa que sai por aí prendendo pais de família? Tudo bem que o rapaz contratou dois espiões incompetentes (Pense num povo que nem para curiar serve!). Convenhamos que havia uma filmadora, um revólver e uma moto sem placa. E daí? Marco Aurélio, foragido há mais de uma semana, apresentou-se espontaneamente. Há quem não considere espontaneidade em tal manifestação (Eu mesmo se tivesse a Polícia Federal no meu encalço apareceria ligeirinho-bala!).

Mas deixemos a ironia de lado. Questionemos. Por que um funcionário da Emgerpi contrataria tais pessoas? De quem partiu a ordem afinal? Por que era tão importante flagrar Jaylles Fenelon em alguma situação constrangedora? Se apenas um susto, a intenção era fazê-lo desistir das acusações?

Marco Aurélio confirma a contratação do policial e do cinegrafista. Compara-os a paparazzi. A defesa sustenta a afirmação. O clima de incerteza e insegurança movera as ações articuladas pelo servidor da Emgerpi. A intenção era a mais nobre possível (Maldita ironia que não me deixa articular melhor as idéias!). Talvez inocentar a presidente Lucile Moura. Restabelecer a ordem. A paz. A tranquilidade. Talvez.

O que bem sabemos é que Marco Aurélio já foi libertado. Sabemos também que Lucile Moura já não é presidente da Emgerpi. Agora é Superintendente de Acompanhamento de Obras do Governo. Traduzindo: fiscalizará obras realizadas pela Emgerpi.

Enquanto isso, Mahmoud Ahmadinejad, reeleito com 63% dos votos, enfrenta a pressão da Anistia Internacional. É que centenas de pessoas foram presas durante os protestos contra a suposta fraude nas eleições presidenciais.

Testes nucleares continuam sendo realizados pela Coréia do Norte... Calminha. Paremos por aqui. É bomba demais para um único artigo. Que venha o próximo então.

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